A área onde fica a bacia do rio Goitá começou a ser povoada em 1626 – pouco mais de um século depois do início da colonização portuguesa. Uma capela rodeada por algumas casas deu origem ao município de Vitória de Santo Antão, o maior e mais antigo da região. Foi também no entorno de uma igreja, cuja padroeira é Nossa Senhora da Glória, que nasceu outra cidade importante: Glória do Goitá, banhada pelas águas do rio que inspirou seu nome. Com o passar dos anos, foram se juntando outras cidades às duas primeiras.

Hoje, integram este Conjunto Integrado de Projetos os municípios de Vitória de Santo Antão, Glória do Goitá, Lagoa do Itaenga, Pombos, Feira Nova e Chã de Alegria.

Cultura popular

Uma das riquezas destes seis municípios é a cultura popular. Glória do Goitá é guardiã da tradição do mamulengo, um teatro de fantoches feitos com bonecos de papel machê e cujo trabalho está registrado em um museu na cidade. É lá também a morada do teatro de rua conhecido como cavalo-marinho. “Seu” Zé de Bíbia, que já passou dos 80 anos, mantém viva esta tradição que envolve toda a comunidade.

A região guarda, ainda, o coco de roda - nascido do canto de trabalho dos apanhadores de coco e transformado em dança -, o maracatu rural - misto de dança com teatro, que conta a saga de homens e mulheres plantadores de cana de açúcar -, e a ciranda - uma dança comunitária em que os participantes formam um círculo e bailam ao som de instrumentos como o ganzá, bombo e caixa, e em que o ritmo é ditado pela voz de um mestre.