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Confira as fotos do Altas Horas

- Evento: Bloco Altas Horas
- Data: 14 e 15/11/09
- Local: Glória Do Goitá
- Total de Fotos: 202
- Fotógrafo: Emerson Matias

Um filme longa-metragem leva, no mínimo, dois anos para sair do papel para as telas de cinema. E que tal idealizar, produzir, executar e editar um curta-metragem, com duração de cinco minutos, no prazo de dez dias? 22 pernambucanos, iniciantes na sétima arte, aceitaram esse desafio, proposto pelo projeto Oficinas Tela Brasil. Em menos de duas semanas, eles defenderam suas ideias, escreveram roteiro, participaram de gravações, foram para a ilha de edição. O resultado foi apresentado ontem pela manhã para o público, amigos e familiares no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, no Derby.
"Eu não entendia como essa coisa de trabalhar em coletividade iria funcionar. Pensei que, no cinema, só o diretor desse as ordens", diz Txai Ferraz, de 18 anos. O estudante já tinha feito outras oficinas e gravado vídeos no colégio em que estuda, mas sem muita orientação técnica. "Foi muito boa a experiência de fazer este curta. Na hora da gravação, todos diziam &aspassação&aspass. Atéos atores! Mas depois entendi que a coletividade do cinema está em você confiar no outro, no que ele está fazendo", complementou.
As oficinas itinerantes de vídeo Tela Brasil foram idealizadas pelos cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, diretora e roteirista, de Bicho de sete cabeças e Chega de saudade. O início foi em 1996, quando a dupla começou a exibir filmes brasileiros em praças públicas e escolas de São Paulo. Para isso, usavam uma perua Saveiro, um projetor de 16 milímetros, uma tela montável e alguns curtas-metragens. De lá para cá, o projeto tomou força. Hoje, um caminhão percorre o país para exibir filmes. Em cada sessão, 225 pessoas assistem aos títulos. Além disso, as oficinas itinerantes, realizadas nos últimos dois anos por todo o país, já renderam curtas selecionados para vários festivais, como o Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo.
Os alunos pernambucanos fizeram questão de perguntar como poderiam participar de festivais. Mas ressaltaram também a importância de repassar o que aprenderam, já que muitos deles trabalham em ONG&aspasss. "Quero enriquecer o meu trabalho, ensinar o que aprendi. Ter o meu nome num curta é o auge", afirmou Marília Gabriela, de 24 anos. Outros alimentavam o sonho de fazer cinema, mas ainda não tinham tido oportunidade. Nando Chiappetta é fotógrafo há mais de 20 anos e desejava ter um curta no currículo. "Queria muito realizar um curta de um minuto. Sair com um de cinco minutos no portfólio é demais. Espero que mais pessoas possam conhecer esse projeto".
Foi de Chiappetta o argumento para um dos filmes: Retratos de Cecília. A partir de uma fotografia tirada em 1990, os novos cineastas falaram de forma lírica sobre infância, pobreza, realidade social. Já Cego encanto mostrou o encontro de um rapaz cego com um menino, num parque da cidade; e, De concreto só a passagem, teve a participação de Xexéu e Zé Brown, que fizeram repente para falar das pontes do Recife.
Ao fim da exibição, os alunos receberam os certificados das mãos do cineasta Cláudio Assis - que tem no currículo filmes como Amarelo manga e Baixio das bestas. O cineasta veio ao Recife para tentar captar patrocínio para o seu próximo filme, intitulado Febre do rato. "Cinema não é simplesmente um bando de imagens e uma pessoa falando. Cinema é uma arma. Tem que ter atitude, saber o que quer dizer. Uso o cinema como uma forma de transformação social", disse Cláudio, encorajando os jovens cineastas. Os vídeos do projeto Oficinas Tela Brasil podem ser visto no site www.telabr.com.br .
Fonte/site: Diario De Pernambuco
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